domingo, 11 de dezembro de 2011
Quando os recursos minerais se esgotarão?
De acordo com os cientistas Armin Keller e Tom Graedel, alguns elementos presentes no dia a dia podem sumir em alguns anos. Em 2007, eles analisaram os números da US Geological Survey, órgão do governo americano responsável por pesquisas geológicas, e cruzaram informações sobre o consumo anual e as reservais minerais disponíveis.
A pesquisa, publicada pela revista New Scientist, aponta que a popularização de produtos eletrônicos pode ser a principal causa para alarde, já que boa parte dos minerais em risco é utilizada na fabricação de dispositivos tecnológicos. Acredita-se que outros elementos estão sendo estudados para substituir os que se esgotarão, mas vale pensar duas vezes antes de descartar aparelhos em troca de um mais moderno.
Veja aqui quais minerais correm risco de extinção e como isso afetará a sua rotina:
PLATINA
Extinção em - 2049
Consumo* - 0,02 g
Por não reagir diante de outros elementos, é empregada em materiais cirúrgicos. Está presente na liga metálica usada nos piercings
PRATA
Extinção em - 2016
Consumo - 3 g
Foi usada na fabricação de espelhos e talheres, mas sua boa condutibilidade elétrica tornou seu uso comum em placas eletrônicas, como as que fazem a televisão funcionar
COBRE
Extinção - 2027
Consumo - 2,3 kg
Maleável e resistente, pode ser moldado de diversas formas e é usado em fios e cabos , assim como em dutos de ar-condicionado
ANTIMÔNIO
Extinção em - 2020
Consumo - 19 g
Misturado a outros materiais, como o plástico, os torna mais duros e resistentes, impedindo que seu controle remoto , por exemplo, quebre quando cai no chão
LÍTIO
Extinção em - 2053
Consumo - 3,5 g
Um dos metais mais leves da natureza, tem grande capacidade de estocar energia em pouco espaço. É bastante usado em baterias de celulares, laptops e videogames
FÓSFORO
Extinção em - 2149
Consumo - 25 kg
Formado do depósito de sedimentos de plantas e animais mortos ao longo do tempo, é um mineral rico em nutrientes, usado em fertilizantes agrícolas
URÂNIO
Extinção em - 2026
Consumo sem dados
A fissão de seu núcleo alimenta usinas capazes de gerar muita energia. Também é o principal componente de bombas nucleares
ÍNDIO
Extinção em - 2020
Consumo - 0,08 g
Excelente condutor de eletricidade e, ao mesmo tempo, transparente, é usado em telas de touchscreen de smartphones e tablets
TANTALO
Extinção em - 2027
Consumo - 0,09 g
Por sua capacidade de elevar o índice de refração da luz no vidro, é bastante utilizado nas lentes de câmeras fotográficas
NÍQUEL Extinção em - 2064
Consumo - 221 g
Bom condutor de eletricidade e resistente ao calor, também retarda a corrosão. É usado em ligas metálicas de revestimento, de eletrônicos, como os celulares
ESTANHO
Extinção em - 2024
Consumo - 37 g
Evita reações químicas de corrosão e por isso é empregado no revestimento de ligas metálicas, como as usadas nas latinhas de refrigerante
CHUMBO
Extinção em - 2015
Consumo - 585 g
É usado em baterias de carros e caminhões, mas também está presente em soldas e rolamentos, como o do seu skate
OURO
Extinção em - 2043
Consumo - 0,35 g
Além de ser um metal precioso e dar vida a joias lindas, é um excelente condutor de eletricidade e por isso está presente em microships de computadores
ZINCO
Extinção em - 2041
Consumo - 1,7 kg
Como não reage em contato com ar e água, é usado para cobrir ligas metálicas, impedindo que a ferrugem destrua objetos como as moedas
1- CHINANo topo da lista, a China registrou só no ano passado um aumento de 10,4% de suas emissões de CO2-equivalente (CO2e), medida que combina dióxido de carbono (CO2) com outros gases que absorvem e apreendem a radiação, como metano e óxido nitroso, ajudando a esquentar o planeta.
Em 2010, o gigante emergente produziu 9.441 megatoneladas de CO2-equivalente (CO2e). Segundo levantamento da firma de risco britânica Maplecroft, a maior parte das emissões do país vem da crescente demanda de energia, intensamente dependente dos combustíveis fósseis, especialmente carvão. Embora o uso de energia renovável no país esteja aumentando, ele ainda é ofuscado pela produção e consumo de energia suja.
2 - ESTADOS UNIDOSEntre os países desenvolvidos, os EUA são os que mais poluem. Em 2010, foram emitidos 6.538 megatoneladas de CO2e. Segundo o levantamento, os EUA são os recorditas em taxas de emissões de CO2 per capita.
Apesar disso, o assunto não preocupa muito a população. Um estudo recente mostrou que o ceticismo sobre aquecimento global é forte por lá - apenas 53% dos americanos consideram o fenômeno uma ameaça séria. O país também está no bloco de nações resistentes a um acordo global legalmente vinculante para cortar as emissões de CO2, assim como a China.
3 - ÍNDIASegundo país mais populoso do mundo e o segundo mais poluidor entre os BRICs, a India fica em terceiro lugar no ranking de emissões globais de gases efeito estufa, produzindo 2.272 megatoneladas de CO2 equivalente.
O país consome grandes quantidades de combustíveis fósseis baratos, como carvão, que contribuem fortemente para as altas emissões. Além disso, a India produz outros vilões do aquecimento global, como o gás metano (CH4), oriundo da pecuária.
4 - RÚSSIAEm quarto lugar, aparece a Rússia, com 1.963 megatoneladas de CO2 equivalente. Segundo o relatório, apesar das emissões russas terem declinado nos anos 1990, após o colapso da União Soviética que gerou uma baixa no crescimento industrial, o país ainda se mantém como um produtor significativo de gases efeito estufa. Entre, os BRICS, ele é o terceiro maior emissor.
5 - JAPÃONo ranking da Maplecroft, o Japão aparece na quinta posição, com emissões globais de 1.203 megatoneladas de CO2 equivalente. Segundo o estudo, apesar do país empreender esforços para reduzir suas emissões de gases efeito estufa, há temores de que preocupações com a segurança energética, principalmente após o acidente nuclear de Fukushima, possa fazer com que o país recorra, no curto prazo, a fontes de combustíveis fósseis, levando a um aumento das emissões de carbono do país.
6 - BRASILEntre os BRICS, o Brasil é o que apresenta menores emissões, mas no mundo, somos o sexto país que mais jorra na atmosfera gases de efeito estufa, com 1.144 megatoneladas de CO2 equivalente. A maior parte disso tem origem na agropecuária e agricultura, que geram grandes quantidades de metano e óxido nitroso.
A conta não considera as emissões do desmatamento. O relatório destaca ainda que o Brasil está buscando reduzir seu impacto e que em recente "gesto político", concordou em reduzir suas emissões de GEE entre 38% e 42% para 2020 com base nos níveis atuais.
7 - ALEMANHAEm sétimo lugar aparece a Alemanha, principal emissor de GEE na União Europeia e sua maior economia. O estudo destaca que o país vive um crescimento que impulsiona a industria da construção civil, atividade que acaba elevando a pegada de carbono.
A maior parte do CO2 vem da produção de energia e da queima de combustíveis fósseis. O documento destaca, no entanto, que a Alemnha conseguiu uma queda de 22% nas emissões de GEE entre 1990 e 2008, no cumprimento dos objetivos do Protocolo de Kioto.
8 - CANADÁEm oitava posição, o Canadá é outro que está aquecendo o planeta. O país viu suas emissões de GEE aumentarem de forma acentuada durante o período de 1990-2005, segundo um estudo da "Statistics Canada".
Apesar de representar apenas 0,5% da população mundial, o Canadá produz cerca de 2% das emissões globais. Na reunião da COP17, o país ameaçou sair do Protocolo de Quioto, que segundo seu ministro do meio ambiente, teria se tornado uma "coisa do passado".
9 - MÉXICOEm nono lugar, surge o México, o segundo maior emissor de gases efeitos estufa na América Latina, depois do Brasil. Segundo o relatório, apesar das dificuldade do país em controlar e monitorar suas emissões, ele tem assumido uma atitude proativa para combater o aquecimento global. O México ratificou o Protocolo de Kioto, com a promessa de reduzir em 30% suas emissões em 2020, com base nos valores atuais, e também apoia a criação de um fundo climático.
10 - IRÃNo Oriente Médio, o Irã é o país com as maiores emissões de GEE. Sem surpresas, a forte dependência de combustíveis fósseis e a grande produção de petróleo e gás são os vilões ambientais da região, mas também formam a base de sua economia. O preço a se pagar é alto. Segundo o estudo, o país está entre os mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas, sendo alvo de secas e enchentes constantes.
Green Project Awards é lançado no Brasil
Foi lançado ontem no Brasil o Green Project Awards*, premiação criada em 2008 em Portugal e que reconhece iniciativas para o desenvolvimento sustentável. O prêmio é organizado pelo INT - Instituto Nacional de Tecnologia e pela consultora GCI Portugal, com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Ministério do Meio Ambiente e Governo do Estado do Rio de Janeiro, através da Secretaria do Estado do Ambiente e da Prefeitura do Rio de Janeiro.
A primeira edição brasileira tem o tema Juntos pelo Brasil e irá premiar projetos das categorias:
- Iniciativa Jovem (para jovens de até 24 anos);
- Pesquisa e Desenvolvimento;
- Produto ou Serviço (já implementados nas áreas de desenvolvimento social, econômico, ético e ambiental) e
- Campanha de Mobilização.
Podem participar iniciativas da população, institutos de pesquisas, ONGs, associações de classe, empresas e de representantes da administração pública. As inscrições deverão ser feitas entre janeiro e março de 2012 pelo site do prêmio*, onde está disponível o regulamento.
A cerimônia de entrega dos prêmios será realizada em junho, no Rio de Janeiro, durante a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Em Portugal, o Green Project Awards já reconheceu 28 casos de sucesso, eleitos entre as mais de 500 candidaturas nos últimos anos.
Fonte: Planeta Sustentável
Brasil: produção florestal cresce e soma mais de R$ 14 bi
A produção primária florestal somou R$ 14,7 bilhões em 2010, R$ 1,1 bilhão a mais que em 2009. Os dados fazem parte da Pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (Pevs) 2010, divulgada hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram analisados 38 produtos oriundos do extrativismo vegetal (exploração de recursos vegetais nativos como madeira, látex, frutos e raízes) e sete da silvicultura (reprodução de florestas visando à produção de madeira, resinas, carvoejamento, proteção ambiental etc.).
A participação da silvicultura respondeu por 71,8% (R$ 10,7 bilhões) do valor gerado pela produção florestal em 2010, enquanto a extração vegetal teve participação de 28,2% (R$ 4,2 bilhões). Em 2009, 66,3% (R$ 9 bilhões) dos produtos florestais eram oriundos da silvicultura e 33,7% (R$ 4,6 bilhões) do extrativismo vegetal.
O estudo sugere que a maior participação da silvicultura na produção e a queda do extrativismo vegetal são consequências da forte atuação dos órgãos fiscalizadores e ambientais e da demanda por produtos florestais que não para de crescer.
Os produtos madeireiros na extração vegetal renderam R$ 3,4 bilhões (81,5% de participação) e os não madeireiros, R$ 778,2 milhões (18,5%). Por outro lado, dos produtos madeireiros do extrativismo, quatro dos cinco estudados tiveram queda na produção: carvão vegetal (-8,7%), lenha (-7,9%), madeira em tora (-17%) e nó de pinho (-11,3%).
Dos sete produtos originários da silvicultura, seis tiveram aumento em suas produções, com exceção das cascas de acácia-negra (-3%), devido ao baixo preço do produto. Na silvicultura, os quatro produtos madeireiros somaram R$ 10,5 bilhões (98,7% de participação) e os três não madeireiros R$ 139,7 milhões (1,3%). Dos produtos não madeireiros, a produção de folhas de eucalipto, utilizada na fabricação de óleo essencial (eucaliptol), concentrada no Sudeste e Sul, apresentou o maior aumento (51,2%) na comparação com 2009, impulsionado pelo bom preço praticado no mercado.
Ainda segundo a pesquisa, em 2010, cerca de 90% da madeira em tora era originária da silvicultura e 9,9% da extração vegetal. Na silvicultura, 60,3% da madeira foi destinada para papel e celulose. A participação do extrativismo vegetal ganha maior peso na produção de lenha, com 43,8% da produção nacional.
Das quase 5 mil toneladas de carvão vegetal produzidas, 69,6% eram oriundas das florestas plantadas e 30,4% da extração vegetal. O carvão vegetal da silvicultura teve aumento de 1,6% em 2010 em relação a 2009.
De acordo com o IBGE, os produtos não madeireiros do extrativismo vegetal mais produzidos em 2010 foram os mesmos de 2009: coquilhos de açaí (R$ 179 milhões); amêndoas da babaçu (R$ 154,8 milhões); fibras de piaçava (R$ 117,7 milhões); erva-mate nativa (R$ 100,5 milhões); pó de carnaúba (R$ 86,2 milhões) e castanha-do-pará (R$ 55,2 milhões). Juntos, eles representaram 89% de tudo o que foi produzido no extrativismo vegetal não madeireiro.
Em comparação com 2009, 16 produtos extrativos não madeireiros tiveram aumento de produção em 2010, com destaque para frutos de açaí (7,3%), castanha-do-pará (7,7%); erva-mate (4,3%) e pinhão (10,9%).
O estudo mostrou também que, em comparação a 2009, a extração das fibras de piaçava caiu 11,1% devido à menor demanda, bem como a de amêndoas de babaçu (-2,9%), que além da menor demanda também porque a população de baixa renda que extraía o produto abandonou a atividade para realizar outras. Já a erva-mate nativa teve aumento de 4,3% em 2010 ante o ano anterior, sobretudo, devido a uma demanda maior e ao bom preço do produto no mercado.
Fonte: Agência Brasil
COP17: críticas aos documentos suspendem conferência
Muita tensão, em Durban, na África do Sul, na 17ª. Conferência de Mudanças Climáticas da ONU, realizada em Durban, na África do Sul.
Muitos ministros criticaram os documentos propostos por sua inconsistência. Os representantes dos países insulares, claro, eram os mais descontentes com o encaminhamento das negociações e, junto com os representantes dos países em desenvolvimento e da União Européia, formaram um grupo forte que "obrigou" a chanceler da África do Sul a se comprometer a preparar novos textos. Tudo para evitar o fracasso das negociações.
Para os participantes é fundamental terminar a conferência com a continuidade do Protocolo de Kyoto, apelidada de "Kyotinho" já que alguns países como Japão, Rússia e Canadá garantem que não irão se comprometer. O documento refutado hoje não propunha metas para os países considerados responsáveis pelo aquecimento global, só sugeria que apresentassem suas metas até 01/05/2012.
A proposta feita pela União Européia é sair de Durban com uma segunda fase definida para o Protocolo de Kyoto - seu compromisso vai até 2012 -, além de um roteiro para um novo acordo global, com força de lei e adesão de todos. Assim, conquistou os países-ilha e países em desenvolvimento como o Brasil e a África do Sul, mas não conseguiu a adesão dos EUA, da China e da Índia que, pelo atual Protocolo de Kyoto, estão desobrigados de reduzir suas emissões de GEE. O impasse é conhecido: a China e a Índia não aceitam ter que assumir cortes iguais aos países industrializados já que estes emitem há muito mais tempo. Por outro lado, os EUA não querem se comprometer caso os outros não façam o mesmo.
Fonte: Planeta Sustentável
Muitos ministros criticaram os documentos propostos por sua inconsistência. Os representantes dos países insulares, claro, eram os mais descontentes com o encaminhamento das negociações e, junto com os representantes dos países em desenvolvimento e da União Européia, formaram um grupo forte que "obrigou" a chanceler da África do Sul a se comprometer a preparar novos textos. Tudo para evitar o fracasso das negociações.
Para os participantes é fundamental terminar a conferência com a continuidade do Protocolo de Kyoto, apelidada de "Kyotinho" já que alguns países como Japão, Rússia e Canadá garantem que não irão se comprometer. O documento refutado hoje não propunha metas para os países considerados responsáveis pelo aquecimento global, só sugeria que apresentassem suas metas até 01/05/2012.
A proposta feita pela União Européia é sair de Durban com uma segunda fase definida para o Protocolo de Kyoto - seu compromisso vai até 2012 -, além de um roteiro para um novo acordo global, com força de lei e adesão de todos. Assim, conquistou os países-ilha e países em desenvolvimento como o Brasil e a África do Sul, mas não conseguiu a adesão dos EUA, da China e da Índia que, pelo atual Protocolo de Kyoto, estão desobrigados de reduzir suas emissões de GEE. O impasse é conhecido: a China e a Índia não aceitam ter que assumir cortes iguais aos países industrializados já que estes emitem há muito mais tempo. Por outro lado, os EUA não querem se comprometer caso os outros não façam o mesmo.
Fonte: Planeta Sustentável
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Brasil aceita metas obrigatórias de corte de emissões
A ministra Izabella Teixeira afirmou hoje (8), em Durban, que aceita que o Brasil seja submetido a metas de redução das emissões de gases do efeito estufa. A ministra discursou na Conferência do Clima em Durban, na África do Sul. Izabella reiterou o interesse do Brasil em um segundo período do Protocolo de Kyoto.
“O Brasil trabalha com afinco para a adoção de um segundo período de compromisso para o Protocolo de KYoto e o fortalecimento da implementação da Convenção no curto, médio e longo prazo. Para isso se todos, repito, todos trabalharmos juntos poderemos negociar o cedo possível, um novo instrumento legalmente vinculante sobre a convenção, baseado nas recomendações da ciência que inclua todos os países para o período imediatamente pós 2020”, disse, Izabella em discurso na COP-17 .
Em seu discurso, publicado no site do Ministério do Meio Ambiente, Izabella Teixeira anunciou os avanços do país em relação ao combate das mudanças climáticas, como a redução do desmatamento na Amazônia e o plano nacional de combate as mudanças climáticas.
O anúncio de possível adesão do Brasil à metas obrigatórias para o corte de emissão dos gases causadores do efeito estufa pode dar uma guinada nas negociações climáticas na Cúpula em Durban. Até agora apenas os países desenvolvido (com exceção dos Estados Unidos) foram submetidos a metas de redução obrigatórias ao assinar o protocolo de Kyoto em 1997. De acordo com Kyoto, países em desenvolvimento como China (o maior poluidor global) e Brasil não são obrigados a seguir metas. O protocolo expira agora em 2012 e até agora não foi implementada nenhuma alternativa para ele.
Izabella Teixeira destacou a urgência de se chegar a um novo acordo para o clima na Conferência de Durban, para que não se crie uma lacuna entre o Protocolo de Quioto e futuros compromissos, o que deixaria os países sem obrigações de redução de emissões no período.
“O Protocolo de Kyoto é nosso bem maior para assegurar um forte regime de mudança do clima. Durban é nossa última oportunidade de evitar essa lacuna. Devemos adotar o segundo período de cumprimento até o final desta semana”, alertou.
Além da continuidade de Kyoto, a ministra defendeu a implementação e o fortalecimento de outros instrumentos de gestão climática global, como fundos para financiar ações de mitigação e adaptação, além de parcerias para transferência de tecnologia. “A implementação dessas instituições fortalecerá o regime internacional sobre mudança do clima, permitindo ação imediata para tratamento do problema”, avaliou.
A ministra brasileira lembrou as metas voluntárias apresentadas pelo Brasil em 2009, na Conferência de Copenhague, de reduzir as emissões nacionais entre 36,1% e 38,9% até 2020 e disse as medidas vão fazer com o que o país deixe de emitir 1,2 bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente no período.
No discurso, a ministra disse ainda que as ações brasileiras de redução de emissões estão “estreitamente integradas à política de inclusão social e erradicação da pobreza” e citou o uso de energia solar em casas do Programa Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Verde.
(Com informações da Agência Brasil)
Senado aprova projeto do novo Código Florestal
O plenário do Senado rejeitou os quatro últimos destaques ao novo Código Florestal, informou a Agência Senado. Com a decisão, foi aprovado o substitutivo dos senadores Jorge Viana (PT-AC) e Luiz Henrique (PMDB-SC) ao texto de Aldo Rebelo (PCdoB-SP), hoje ministro do Esporte. A matéria agora volta à Câmara. O texto pode ser apreciado pelos deputados ainda nesta semana.
Vinte e seis emendas propostas pelos senadores foram incluídas no texto. Outras 56 alterações foram rejeitadas durante a votação desta terça-feira. O debate durou cinco horas. Um dos principais pontos de atrito entre os parlamentares dizia respeito à utilização de parte das áreas de manguezais para a produção de camarão. Pelo texto aprovado no Senado, a atividade fica permitida.
Conjunto de leis que regula a ocupação do solo em território nacional, o Código Florestal vem sendo debatido desde 2008. A revisão aprovada pelos parlamentares prevê uma série de modificações na lei original, datada de 1965.
O código em vigor, por exemplo, proíbe sumariamente a ocupação de encostas. O novo texto permite que ela seja feita em áreas de inclinação entre 25 e 45 graus. O novo código também determina que se preservem 15 metros em cada margem de rios com até 10 metros de largura -- a legislação anterior obrigava a preservação de 30 metros em cada margem. As bacias hidrográficas com áreas desmatadas podem, porém, ter as áreas de preservação permanente ampliadas.
Ainda conforme o novo texto, a proporção de terras a serem preservadas em reservas legais permanece a mesma do código original. O número varia conforme a região: na Amazônia, 80% de floresta e 35% de cerrado; nos demais biomas, 20% da vegetação nativa. Pela nova lei, porém, só os grandes proprietários são obrigados a recuperar as áreas desmatadas além do permitido.
Apesar do esforço dos parlamentares para conciliar a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico, a nova lei peca por ser generalista. A anistia aos pequenos e médios proprietários de terra, por exemplo, pode não causa grandes danos à Amazônia (onde a quantidade de locais a serem reflorestados cai apenas 14% com a nova lei), mas deve ter um impacto bem maior na Mata Atlântica (onde essa quantia é reduzida em 50%).
Fonte: Redação Veja
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