Muita tensão, em Durban, na África do Sul, na 17ª. Conferência de Mudanças Climáticas da ONU, realizada em Durban, na África do Sul.
Muitos ministros criticaram os documentos propostos por sua inconsistência. Os representantes dos países insulares, claro, eram os mais descontentes com o encaminhamento das negociações e, junto com os representantes dos países em desenvolvimento e da União Européia, formaram um grupo forte que "obrigou" a chanceler da África do Sul a se comprometer a preparar novos textos. Tudo para evitar o fracasso das negociações.
Para os participantes é fundamental terminar a conferência com a continuidade do Protocolo de Kyoto, apelidada de "Kyotinho" já que alguns países como Japão, Rússia e Canadá garantem que não irão se comprometer. O documento refutado hoje não propunha metas para os países considerados responsáveis pelo aquecimento global, só sugeria que apresentassem suas metas até 01/05/2012.
A proposta feita pela União Européia é sair de Durban com uma segunda fase definida para o Protocolo de Kyoto - seu compromisso vai até 2012 -, além de um roteiro para um novo acordo global, com força de lei e adesão de todos. Assim, conquistou os países-ilha e países em desenvolvimento como o Brasil e a África do Sul, mas não conseguiu a adesão dos EUA, da China e da Índia que, pelo atual Protocolo de Kyoto, estão desobrigados de reduzir suas emissões de GEE. O impasse é conhecido: a China e a Índia não aceitam ter que assumir cortes iguais aos países industrializados já que estes emitem há muito mais tempo. Por outro lado, os EUA não querem se comprometer caso os outros não façam o mesmo.
Fonte: Planeta Sustentável
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